terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Olhar perdido, solto no infinito.
Gosto destes olhares de brilho louco,
crescente, indefinível...

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Beijo

E o toque úmido e cheio de desejo,
que em minha boca faz-se de tua boca e pele.
E todo eriçar que meu toque,
causa ao atrito com tua epiderme...


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

"Grata Surpresa"

É chegada a hora,
hora finda de um dia qualquer.
É chegada a hora,
do desaguar inevitável,
que ao toque suave faz-se transbordar.
É chegada a hora,
triste e feliz.
Tantas sensações em um único sentir.
As invisíveis amarras se desfazem,
soltam-se pelo caminho que segue.
É chegada a hora,
de tanto sentimento contido,
que no peito teima em esconder-se.
É chegada a hora,
adiada, adiantada sem fim.
Enfim, é chegada...
...A hora de ir.
Embora.
Bora?
Em boa hora?
Como saber?
Sabe-se que a saudade aperta,
que a ausência assusta,
que o carinho permanece,
que o sentimento nasce onde menos se espera.
Sabe-se apenas, que o desconhecido pode ser,
uma grata surpresa!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Vivo uma carência sem nome, sem lugar
Sem cor, cheiro, toque.
Sem epiderme, gosto ou suor.
É uma carência de sentido,
estranha sensação de falta,
Um suspiro interminável que rouba o ar ao redor.
Me falta ar.
Toque de lábios,
este indefinível gosto.
Cheiro que aguça o sensorial.
Não sei o que procuro ou o que desejo encontrar.
Só sei que sigo, imaginando o desconhecido.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013



Brilho de valor incalculável,
este olhar que espelha
a alegria de um carinho,
que almeja o imprescindível.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Enquanto te espero

Sigo a imaginar onde meus passos me levarão,
se aos teus braços, abraços.
No abrigo de teu corpo, no silêncio do teu lábio.
No perdido infinito deste frenético pulsar.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Compartilhamento

Há na vida sentimentos, sensações e prazeres,
os quais não conseguimos explicar.
Assim como há dores capazes de maltratar o coração,
também existem alegrias que compensam a vida,
colorindo os dias e suavizando rotinas.
Como explicar um olhar, e todas as sensações que este pode causar?
Olhares são para minha vida, algo de extrema importância.
Se são os olhos as janelas da alma, essa criança que grita dentro da gente.
Os sentimentos que por este portal se espalham a quem me olha,
e é no olho alheio que me alimento e renovo.
Meus segredos se espalham, como cortinas esvoaçantes de janelas abertas.
ou se fecham em mim como janelas trancadas.
Há momentos que necessito espalhar entre letras o que me toca,
pois palavras não nascem em mim.
Meu som emudece e morre em meu peito, desaguando enfim.
Necessito deste olhar amistoso, carinhoso, complacente que
me toca e transpassa meu ser, fazendo de mim algo novo novamente.

cacos

Meus cacos os recolho dia-a-dia, ao fim de cada ciclo dia e noite.
Da dor ou frustração que me tomam, pouso-as com cuidado e retidão,
na leveza da hora finda.
Dos meus anseios sei muito pouco, pois se escondem de tal forma a
enganar-me pelos corredores e passeios por onde procuro-os.
Meus medos são de tamanho e forma distintas, que se agarram a mim,
fazendo de meus anseios parte da busca que se perde.
Por isso sigo meu caminho diariamente, olhos a frente,
passo contínuo e peito aberto aos sabores, saberes, amores, prazeres.


sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Me sinto tão vazio e cheio de gritos
Que calam ao abrir da boca.
Meu corpo se divide em ser deixado e partir,
Partindo-se em dois, em mais.
Me encontro em pedaços de sentimentos
E em resquícios de ilusão.
No breu de mim, perco-me na totalidade.
Sou eu e também outros,
quê da dor, escondem-se ao entardecer.
No vazio da casa cheia,
Perdido em pensamentos e sensações
há um eu tão diferente de mim.
Afinal, quantos sou?
Sou tudo o que não sei e desconheço,
Sou partida e chegada,
E na madrugada sou só.
Na solidão me esvazio de tudo o que não cura feridas.
Na presença sou inerte,
De olhar vazio e pensamento perdido.
E neste turbilhão de sensações e sentimentos,
Descubro que completo não sou, se sou só.
Só, sou apenas um pedaço, um traço, um querer acabar-se.