terça-feira, 3 de junho de 2014

Estonteante vazio no ar

Me sinto no vazio,
no entre estar de tudo,
no angustiante linear do caminho,
na falta de suspiros e excesso de anseios,
na conflitante sensação de perda,
no descabido desencontro do mundo.

Não sei se você está,
esteve,
ou sentiu.
Sei apenas que meu corpo nasce de novo,
e mais,
e sempre,
mesmo se você não está.
Não. Me falta corpo, suor, lábios.
Braços a abraçar.
Não. Me falta beijo, sorrisos, olhares.
Corpo a encontrar.