quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Conversa

Você fala e eu não ouço,
Eu grito e você cala,
Meu olhar tenta alcançar o seu,
Seu olhar está no vazio,
Eu falo pra não te ouvir,
Você finge que ouve pra não falar.
Há um ruido nesta conversa,
Não há mais espaço para ser plural.
Quanto tempo se passou?
Isso não importa, pode ser dias, meses ou anos.
O que faltou?
Faltou verdade...


terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Sentimentalidades




Minhas sentimentalidades...
Não tenho anseios, nem culpa, nada que possa afligir meu coração.
Possuo sentimentos transbordantes, que me ultrapassam no caminho.
Alguns deles mantem-se em silêncio em mim, mas permanecem a transbordar de diversas formas.
Me intriga as pessoas que não conseguem demonstrar sentimentos, de nenhum tipo.
Raiva, dor, desprezo, rancor, tristeza, perda.
Ou carinho, amor, afeto, agradecimento, cumplicidade, lealdade.
Sei que sou falho, que nem sempre consigo expressar o que sinto ou penso.
Mas geralmente é visível em mim o que se passa por dentro.
Se estou feliz meus olhos normalmente brilham, e se estou triste eles comigo ficam apagados.
Minha vida pede coisas simples...
Um andar a dois,
mãos dadas na cumplicidade,
um filme bom num dia de chuva,
um belo pôr de sol,
o silêncio do olhar.
Não preciso de grandiosidades para estar feliz.
Minha felicidade e plenitude habitam as simplicidades.