terça-feira, 25 de março de 2014

Mais de ti

Eu sempre quis mais de ti,
mais do todo de ti,
desde o primeiro toque.
Quis teu beijo mais e mais.
Teu toque, tua mão,
o contato com tua pele,
tua saliva, teu suor.
Quis tua respiração em meu ouvido,
e teus suspiros também.
Quis tua voz ao anoitecer,
e tuas palavras a todo momento.
Quis teu sorriso perdido em meu olhar,
e tuas juras insanas.
Quis teus pés caminhando em minha direção,
teus braços enlaçados em mim,
tuas mãos tocando-me,
teus dedos no meu cabelo e tua boca no meu pescoço,
percorrendo minha pele a procura de meu cheiro.
Tendo tua respiração e teus olhos cerrados.

domingo, 23 de março de 2014

Pouco louco

No pouco de um eu louco,
para o todo de você vazio e morto,
fazendo-me ver que a ausência em mim,
esfacela-se.
Para o toque que um dia pôs-se em mim.
Espalhou-se em suspiros, gritos, incongruências de ti.
Ainda assim, encontro lembranças vivas e
vontades mantidas no silêncio.

É saudade

É a saudade,
a lembrança dentro de meus olhos,
a constante vontade de ver.
As inúmeras sensações que se cruzam dentro de mim.
A inconstância a dominar-me, escravizando-me.
Saudade é céu cinza,
é dor,
ausência,
é melancolia crescente,
dominando espaços,
fazendo morada,
em casa inusitada.

terça-feira, 11 de março de 2014

Incessante

E o incessante uma hora cessa,
e o todo que se retesa,
em um momento pode se libertar.
E a ausência em constante momento,
desprende-se.
Ausência esta do teu beijo,
da tua mão, da voz sussurrada,
que desfaz-se em meu pensamento.
Ausência do teu sexo,
mas não nele que minha falta se faz,
e sim de todo restante que estar contigo
me causou.
Ausente segue o instante,
vazio sem tua presença,
sem nada de ti,
sem saber de mim,
sem nada dizer,
no silêncio de nós.