domingo, 28 de abril de 2013

Não quero me sentir seguro ou aquecido.
Necessito deste instante de frescor e liberdade,
de tempo lancinante de ousado descontentamento.
Necessário e torto caminho sem certezas,
sem promessas no final.
Quero apenas e somente o perigo,
o abandono, o silêncio de tudo o que se cala.







domingo, 7 de abril de 2013

Meu corpo tão só,
tão cheio, tão torpe,
tomado de desejos vãos.
Minha boca tão seca,
sedenta de fartos lábios,
rosados feito carmim.
Minhas mãos vazias,
tão cheias de vontades não ditas.
Meus olhos tão presentes,
em teu andar.
Neste passo, descompassado frente ao meu.



quarta-feira, 3 de abril de 2013

Repouso aberto


Meu corpo está cansado, de tudo quase.
Cansado de tudo que não faz sentido,
e no virar de páginas diárias não se refaz,
não se transforma, não se modifica.
Meu cansaço é de promessas e expectativas,
de ausência constante.
Meu cansaço é ausência presente,
sem razão aparente,
simples e incoerente.
Meu caminho é sem fim, enfim dilacerante.
De dor e sorriso cortante.
Com alegria e lágrima,
tragicomédia constante.