quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

E meu olhar que atravessa labirintos,
buscando respostas para perguntas que ainda não existem.
Atravessando horizontes e paisagens tento encontrar luzes ou cores
em um tempo nublado de uma tarde qualquer.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

E quando você me olha, e seu olhar atravessa qualquer existência,
e a saudade do que não conheço toma conta do ar.
E quando o querer ultrapassa qualquer porta trancada,
e a ausência em mim, de ti presente se faz.
E quando o toque sem querer também forma-se em minha, tua mão.
E a pele que em ti indiferente e em mim espalhando-se, encontra no teu toque começo.
E quando perdido em mim, tomado de ti encontro-me sem saber onde,
e com sede de tudo, me afogo em poças tão rasas de estranho desejo.
É quando a vida muda de cor, e em tons distintos o tempo me abraça,
e mais uma vez afaga-me sem nada dizer...

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

E o olhar perdeu-se no infinito da vidraça alta,
no horizonte era possível ver nuvens chegando lentamente,
se estivesse ao ar livre, talvez fosse possível sentir o cheiro da chuva que se aproximava.
Havia uma expectativa de sentir o cheiro da terra molhada,
o abafar de calor subindo do solo extasiado com o frescor da água.
O brilho do dia foi desaparecendo pouco a pouco, deixando a sombra da tempestade iminente.
Tempestade esta, que se dissipou no céu, oferecendo frescor aquele entardecer tão quente e cansativo.
Na cidade de concreto metalizada, pareceu nascer plantas em frestas de tijolos e rachaduras de asfalto.
Tudo se renovando para a vida que seguia.