domingo, 9 de novembro de 2014

A caso

E o acaso que cruza o inesperado destino.
Não há destino traçado quando há vida que segue,
que muda, brilha ou anoitece.
Um novo dia a raiar,
um novo momento a despertar,
um mundo novo em teu olhar,
o conhecido, desconhecendo o ar.
Todo instante desiste de mim,
esquece de ti,
encontra o nada ou tudo que há.
Sou o todo que você deixou,
sou bem mais que antes,
bem distante do existente,
sem os medos, os riscos e tormentos.

Desconhecido

Talvez eu já não mais reconheça teu rosto,
teu sorriso de canto, teu olhar brilhante.
Há tanto de ti ainda dentro de mim,
Há tanto perdido em sonhos,
Há tanto não vivido e sonhado.
E tanto de nós passou pelo tempo,
e espaço, e perdido de dois ficou.
E a lembrança em vezes renasce, e chama de saudade
e descansa em mim como morte anunciada.
E tudo que perdido está, há de morrer.