quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Sentidos do ser

Para um mundo sem cor, sombra, rosto ou contorno.
Como diferir algo que não se pode ver?
Onde se escondem as vozes que cruzam um caminho de olhos infinitos?
Criar um mundo tão único, de formas imagináveis, de outras possibilidades.
Tornar o dia, um dia.
Com entardecer e pôr-do-sol,
com mudança de nuances,
com visibilidade de passar do tempo.
Se não vejo, como posso me guiar pelo dia ou noite?
Aos ouvidos, grilos, passarinhos, vozes.
Ao olfato, a brisa da aurora, o calor da tarde, o cheiro de terra molhada.
Para o tato a descoberta de rostos e formas, presentes ou novas.
Para o paladar o gosto da vida, sabores capazes de encher lembranças e sensações.
Para aguçar algo que não se tem, é preciso descobrir novos caminhos...

Nenhum comentário: