segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Andando

Que meu corpo seja caminho,
e teu pouso, só ninho.
Que o beijo pecaminoso,
toque intenso,
tempo inconstante.
Que o mundo desabe,
acabe,
se desarme para eu passar.
Que minha boca perca-se em cada gosto,
mesmo no desgosto do caminho.
E minha epiderme ainda molhada,
possa ser recompensada,
mesmo depois do final.

Um comentário:

Sérgio Sandes disse...

"Perder-se também é caminho."