Não sei sentir pouco, sou tudo e tanto.
E quando vens, e teus olhos cruzam os meus,
Sei que só pode ser assim, não há outra forma.
Quando tua boca chega, e me estremece,
absorve, invade tudo que há em mim,
sei que é tudo que deve ser.
Só assim sinto o mundo desmanchar.
Poderiam ser as calotas polares,
O calor insuportável do deserto,
a neve de um dia negativo de inverno.
desmanchar-me faz parte de meus exageros,
dos desejos incompreendidos que me criam,
dos gostos que invisíveis teimam em existir,
Do cheiro que fixa na minha memória,
e que procuro na pele que não mais habita em mim.